Em Fevereiro de 2013 visitei uma exposição na galeria do Conjunto Nacional em SP sobre o Boom Automobilístico no Brasil, a construção de Brasília-DF e cidade metropolitana de Recife. Os três acontecimentos foram concomitantes, não por acaso.
A especulação do Petróleo no Brasil, tal qual para sustentar a indústria automobilística, seria feita através do novo nicho comercial em Recife. Mas os investimentos para o centro comercial seriam através das aplicações financeiras de famílias de classe média alta do Espírito Santo. Essas famílias, no entanto, se recusaram a aplicar seus investimentos em Recife, pois não sabiam se haveria retorno palpável e não queriam que terceiros administrassem seu dinheiro. Não conseguiam entender por que haviam escolhido como capital de negócios a Recife, e não Vitória-ES. A explicação de que Recife era mais pitoresca para turismo, soava como uma afronta para eles.
Tão logo as duas cidades (DF e Recife) ficaram prontas, e os primeiros carros foram sendo produzidos, o país precisou pedir mais dinheiro aos órgãos internacionais - para petróleo.
Isso talvez explique porquê, quando o golpe militar começou à despontar no país em meados dos anos 60, a cidade de Recife já previsse essa ocupação, pois já estava tomada por especuladores estrangeiros que queriam saber sobre a procedência dos investimentos para a construção de Brasília e Recife.
Como resultado, tivemos uma sequência de episódios sangrentos e opressivos para conter o crescimento intelectual e educacional do país, financiando assim - às custas de nossa educação - à indústria automobilística. Quanto à capital de PE, Recife, continua tendo um centro comercial estruturado, mas carente de empregos (Talvez a sugestão dada à revista Newsweek pelo antigo presidente dos Estados Unidos Bill Clinton, de alavancar a economia através de investimentos para contratação de empresas de otimização de prédios de negócios de grandes metrópoles, pudesse ser bem-vinda em Recife!)
Att,
Thais F.>OM - SP
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