Tenho assistido às palestras do Karnal nestes últimos dias.
Ele falou hoje sobre o delírio da solidão, na qual estamos em um meditativo estado de acreditarmos estar dentro de uma caverna.
Ao falar isso, observei que ele vestia uma bata preta, o fundo da sala era preto, havia uma meia-luz intimista, e ele falava sem interrupção por mais de uma hora.
Essa condição traz uma sensação "autista" para o palestrante, um mundo onde ele fala sem feedback de estar sendo observado em sua linha de raciocínio.
Logo depois, a ovação.
Percebi que a ovação é o estalo que tira o palestrante do transe.
Mas no caso do Karnal, ele responde à perguntas no término. E após a última pergunta, tudo está na mão do mediador, pois há uma sensação terrível de que as pessoas não se levantarão para sair: o tempo fica suspenso, tudo o que ele falou embaralha-se em forma de fórmulas de todos os tipos científicos e linguísticos pela sala, as pessoas interagem com este sentimento, e algumas piscam. Mas afundam, e não conseguem se levantar.
Ele precisa de uma acompanhante, ou um acompanhante,
que ao término,
levante-se,
delicadamente segure firmemente seu braço,
faça uma pergunta
ofereça um lenço,
coloque o outro braço nas costas
e pergunte:
"Podemos ir?"
Erasmo......
Com amor,
Thaís Fernanda Ortiz de Moraes
Este blog é para pessoas que não alimentam preconceito quanto à informação e que se interessam por rumores urbanos. A vida na cidade mexe com a mente e com os conceitos. Não dá para se enlatar em um prognóstico de pensamentos pré-determinados. NÃO ACREDITO EM REVOLTA, MAS ACREDITO EM REVOLUÇÃO. Eu acredito em cooperação com as organizações, órgãos públicos e dirigentes, para que através de políticas de importação e exportação todos no mundo possam usufruir de recursos materiais
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário