Eu não acho que as atuais placas de anúncios pela cidade em relógios e pontos de ônibus preencham as lacunas de demanda por mídia externa da cidade de São Paulo.
A primeira deficiência em relação aos Outdoors que figuravam o cenário de 20 anos atrás é a falta de fixação da marca através de slogans tamanho EXGG. As imagens em tamanho grande sobrepostas a fundos brancos, contrastavam com o céu do dia e eram iluminadas pelas lâmpadas de led dando destaque às frases de efeito durante à noite.
A posição em espaços altos da cidade beneficiavam o fluxo de trânsito automotivo, que era estimulado para observar essas propagandas. Após a proibição deste meio de mídia, muitos postos de gasolina fecharam, devido à diminuição de circulação de carros, e também menor alcance do tráfego paulistano.
Aqueles que eram contratados para pesquisar o mercado, na busca de produtos assinalados por agências, e identificar as propagandas em outdoors, para determinar tempo de vida do produto na cidade, através da troca do billboard em cada ponto específico também ficaram desempregados (no início os próprios funcionários das Agências de Mídia Externa faziam vistorias para determinar o tempo de vida útil de produtos através da troca de seus próprios outdoors, que prestavam serviços de marketing. Na medida em que aumentou-se a veiculação de billboards, esse trabalho passou a ser terceirizado por empresas que enviavam tanto pedestres quanto automóveis. A logística e a apresentação destes novos meios de propaganda dificultam a visibilidade de produtos. Além disso, esse novo meio de mídia é direcionado à veicular produtos menos acessíveis às pesquisas das ´´agências de detetive``, cujas ´´investigações`` se tratavam deste aspecto do marketing).
Cada ponto de outdoor tinha tempo de vida útil de cerca de 2 semanas à 45 dias e sua produção custava cerca de 250.000 reais, mais o contrato do cliente para divulgação (este valor há 20 anos atrás). Este impacto também afetou a economia da cidade.
O band-aid que está aliviando a demanda por mídias externas são esses novos anúncios nos pontos de ônibus e relógios urbanos. Essas produções são muito mais baratas e tem tempo de vida maior. Logo, a economia fica menos aquecida que os produtos não são recolocados no mercado, dificultando dentre outras coisas o Comex.
´´O cara que inventou a cerveja foi uma mulher`` essa frase é slogan do que exatamente?
Um slogan expressa a ideia a qual uma marca é identificada.
Qual seria a ´marca` deste slogan nesta frase, encontrada atualmente em muitos desses novos anúncios de pontos de ônibus e relógios?
O slogan precisa estar junto de um logotipo ou foto, para que faça sentido. Nestes novos meios de mídia, isso acaba sendo um pouco limitado, como a propaganda da King´s que mostra negros com roupas ´quentinhas e bem-vestidas`.
(Isso me lembra a Nike de Michael Jordan nos anos 80, que direcionava-se ao público negro, feliz pela inserção como público-alvo, mas ainda assim questionando: ´´podemos usar Adidas se quisermos, viu? nós não os queremos, mas não gostamos de ´roupa de negro, roupa de branco`! Isso inclusive foi a forma da prefeitura de NYC descriminalizar os guetos, com pessoas cheias de roupas de marca e com auto-estima pela própria raça/etnia, e convidar cada um desses novos consumidores a preencher a Times Square, onde há MUITA propaganda, em uma estratégia comercial para aquecer o turismo interno e internacional recorrendo à diversidade da população Norte-Americana como é conhecido mundialmente: ´país livre`, ´país de iguais oportunidades` e ´país capitalista com direito ao trabalho para todos os cidadãos`. Nós mesmos temos uma ideia mágica de ´´Negões de NYC´´.)
Beijo Babu! Depois do papai, tô fechada com você em nome de Cristo!
Thaís Fernanda Ortiz de Moraes
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