Inimigos.
Será?
No início de tudo, não era tão escuro.
As pessoas queriam meu bem.
Mas uma bebê tão especial
é uma responsabilidade a mais
para toda a sociedade.
Antes de eu virar mulher, eu era só uma criança.
E já era difícil, faziam muito drama.
Acreditavam que para uma história ser especial
precisava de lágrimas de sal
e machucaram muitos pequenos como eu:
Conselho Tutelar.
O bebê de proveta
o primeiro do mundo.
Tanto faz.
Antes disso, o gene manipulado
pertencia à bisavó.
E algumas lobas espreitavam a história
preocupadas e invejosas.
Retratemos uma delas:
seu verdadeiro nome, ninguém sabe.
Ela ouvia a bisavó ensinar no templo
de onde morreu sem deixar dinheiro
e sabiam que a bisavó iria voltar.
Não foi a filha nem a neta
veio como a bisneta
através da fecundação in-vitro.
A inimiga do meu eu, criança,
fez a festa sobre sua cabeça:
um de meus ocasos, uma faceta inativa,
mais de dez anos no ostracismo
(e 10 anos antes de meu retorno)
a inimiga casou-se com seu marido.
Ao retornar para a terra,
como o bebê artificial, vindo do ventre de mulher
e fecundado com o material do pai que lhe criou
(colhido pela Loja do Bolão - ele achava que seria o escolhido para usar a chuteira mágica)
no novo bebê, os conectores de duas outras mulheres:
a esposa em ostracismo
e uma senhora comediante.
A inimiga tinha maus preceitos
isso a incriminava
mas na verdade,
sempre me amara.
Temia por mim
e pela comunidade.
Temia pelo significado do meu existir,
sabendo que levantaria toda a sociedade.
Achava que era necessário ter dinheiro e influência
pois achava que caso eu morresse nas ideologias idosas
a criança não sobreviveria.
Mas seus meandros eram criminosos
e sua riqueza tornou-se ilegal.
Desenvolveu uma sociopatia
sob a alegação de que eu não podia ser um tipo de Estatal.
E eu fico pensando.....
sobre esse amor intrometido que as pessoas falsas fingem ter
para sobrepujar os interesses dos cidadãos
em nome de fama e poder.
Até que ponto a conquista destes atributos
pode saciar e satisfazer o obstinado ser
para que estejam livres para serem simples
abrir o coração do orgulho
e entender:
cada pessoa tem um destino.
Cientificamente falando,
um DNA, combinação de gênero químico.
Este DNA tem pensamentos próprios desde o momento da concepção
vêm da vida que foi antes
e dos neurônios
do pai e da mãe.
Vêm das corridas para não perder o ônibus
em cada uma das ideologias em seu conector.
Vêm da fuga da morte precoce
que nos persegue por seu corredor.
E este medo que a inimiga carrega
é dela não por me odiar.
É por saber que tinha obrigações, motivos para me amar
mas me vendo cair, e exultando-se no fracasso alheio
Tamanha vaidade, natural
dos seres humanos esse nosso jeito
que temos de dizer
que "eu te amo, apesar de seres um patinho feio -
e fui eu quem te deixei assim:
torto, traumatizado e sem rumo.
eu sei de tudo!
eu sou aquele que quer te inserir no rumo"
Tola inimiga!
Deus cria
e mostra a reviravolta por cima.
Põe um sorriso no rosto,
um batimento feliz no peito
não nos permite falar
sobre arrependimento
Não há tempo para isso,
no mundo de Deus
os pensamentos não são complicados
mas verdadeiros
e cristalinos
abençoados.
Quem conhece a sinceridade de um sorriso bom
sabe que há vida quando o sol sai de manhã.
E aos inimigos eu peço perdão,
pois antes de odiar-me
pelo motivo de eu ter causado-lhes dissabor
saibam, meus queridos
deviam haver-nos tido
gotas de amor.
Luv,
Thaís Moraes
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