Em resposta ao meu último post, recebi alguns telefonemas e Whatsapp (ainda há quem ache interessante conversar comigo), perguntando sobre qual seria o papel dos caminhões com marcas estampadas no baú, senão a propaganda do marketing sintético. A propaganda sintética tem como função exprimir e fixar uma mensagem. Para isso, é necessário que haja uma foto e uma frase (ou somente uma frase, palavras) e que esteja colocado de forma acessível e muito visível em ponto fixo por determinado período de tempo. Os caminhões de logística não fazem isso. Eles são importantes para desafogar o trânsito, mas não trabalham o campo do COMÉRCIO, que é orientado pelos pedestres. No marketing sintético, um produto é apresentado por investidores através de feiras e eventos.Após isso, a televisão leva o produto ao público através da mídia subliminar (alguns produtos, em sua maioria roupas e calçados de diversas marcas, não são divulgados durante os reclames. As novelas, por exemplo, servem de catálogos para diversas marcas de roupas que são divulgadas em outdoors. Lojas de eletrodomésticos anunciam nos reclames, mas não as próprias marcas de aparelhos: as marcas de aparelhos como Panasonic, Philips e LG, anunciam e lançam seus produtos em feiras e eventos, divulgam através de mídia externa (outdoor), mídia impressa/digital (revistas/internet) e mídia subliminar (novelas e filmes). Outro exemplo de nicho comercial que funciona desta forma são os automóveis: algumas marcas e alguns modelos específicos são vistos somente nos outdoors e novelas. Sem os outdoors, as marcas podem ser divulgadas na mídia subliminar da televisão (novelas/filmes), mas não passam a mensagem do nome do produto nem do público-alvo, pois este não é o objetivo da mídia subliminar. A mídia subliminar somente fomenta o apetite pelo produto. No caso, a logística onde o outdoor está localizado irá atingir o público-alvo. Está logística acontece por um estudo do tipo de pessoas que se interessaram por um determinado produto e qual foi o trajeto que eles fizeram para encontrá-lo -
esses são os detetives, em alguns lugares do país conhecidos como promoters.
Para aumentar o alcance do produto em mercados, lojas de departamento e também para comprar o manual e os direitos de reprodução das mãos dos investidores que trouxeram os produtos para cá, segue a contratação de degustadores e demonstradores. Após, é possível vender esses produtos com nossa própria produção e patente para o estrangeiro, sendo que a patente de nossa versão será em troca das máquinas que compraremos dos investidores).
Assim sendo, os caminhões que circulam pela cidade NÃO FAZEM o papel de marketing sintético, mas são importantes por desafogar o trânsito e podem inclusive colaborar com o marketing sintético dos billboards, ao serem contratados para evacuar certos tipos de carros que representam um público alvo para seus respectivos anúncios de outdoor. Os carros e pedestres que funcionariam como detetives seriam remunerados para ações comerciais muito mais rentáveis que as atuais, pois haveria algo de concreto - a venda dos produtos e o contrato da propaganda, além da negociação dos direitos à reprodução ao produto - para financiar a circulação (Vocês sabiam que em alguns lugares do estrangeiro o outdoor se chama billboard: board - cartaz, bill - nota de dinheiro : cartaz
que trazer o dinheiro para a cidade. Bonito, não? Tentem imaginar Nova Iorque, Hong Kong e Tokio sem o ciclo comercial que sustenta seus respectivos países: O ciclo do marketing sintético)
Thais Fernanda Ortiz de Moraes - SP/Brasil
Este blog é para pessoas que não alimentam preconceito quanto à informação e que se interessam por rumores urbanos. A vida na cidade mexe com a mente e com os conceitos. Não dá para se enlatar em um prognóstico de pensamentos pré-determinados. NÃO ACREDITO EM REVOLTA, MAS ACREDITO EM REVOLUÇÃO. Eu acredito em cooperação com as organizações, órgãos públicos e dirigentes, para que através de políticas de importação e exportação todos no mundo possam usufruir de recursos materiais
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