sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Medos

 Se eu morasse dentro de um aquário

como um peixe pequeninho

eu seria muito mais feliz

se louvasse ao Senhor Jesus

Obrigada Pai

por um dia de louvor

lembrando de Ti

e de como me amou

Todas as as histórias

se assemelham na dor

eu não sei como é que foi

é um mistério paranormal

se você acreditar

saiba que irá se salvar

se fizer sentido ou não

tem espaço prá você

se for de Krsna ou Baba Nam

Jesus fala por toda Lei

muitos mártires viveram na terra

antes e depois do Rei

mas se o nosso coração se entrega

na Cruz com Ele o cálice de misérias

passa adiante outra vez.....


Eu gosto de Jesus

gosto da Igreja Católica porque é a mais Evangelizadora de todas

Me lembra quem Ele é.

Sinto falta das missas

Gosto da Igreja Evangélica

fazendo profecias

Gosto de meditar Hare Krsna,

e curar minhas emoções

Gosto de Baba Nam Kevalam

para celebrar todas as coisas boas na minha vida

Gosto do meu cachorro

que fica chorando porque gostaria de poder celebrar Deus da mesma forma

mas sei que ele sente uma paz de espírito danada

E por isso quero mais dessa humanidade em mim,

para proporcionar aos animais, idosos e crianças,

essas pessoas e seres que não podem fazer por si só

uma vida de tranquilidade, amor e harmonia.

As vagas de trabalho no jornal e nos sites estão uma palhaçada,

cheios de Fake News.

As vagas são obviamente inventadas.

Eu estou com um bico muito incerto, home office, na área Comercial.

Meu sono fica desregulado por causa da inquietação profissional.

Meu pai também teve muito disso, ele virava a noite com trabalho extra para complementar a renda.

Eu estou com muito medo. Muito mesmo. E insegurança.

Isso faz de mim humana, eu sei. Há um peso na minha cabeça, que tenho carregado por muitos anos. Eu achava que precisava de motivo específico para sentir o que eu sentia, sentimentalismos infanto-juvenis. Na insegurança de amadurecer, não superei os traumas de aceitar os fatos da vida, e transformei esses fatos em uma carga martirizadora, que me faz atrair negatividade e traições em praticamente todas as minhas empreitadas e relações.

As pessoas gostam de jogar com a vida umas das outras. Eu acho isso errado, mas enfim, quem sou eu para achar alguma coisa? Vou aprendendo com a vida, que na verdade custa caro ter opinião e ser sincero. Os médicos mentem mais do que muita gente pensa. Eles querem nosso bem, mas não sabem muitas vezes como acertar a abordagem. A abordagem que quero dizer é a dosagem entre o cuidado, o carinho e a "psicopatia" que eles precisam ter. Os bons médicos, na minha opinião, são os "bobos": eles sabem a hora certa de te dar aquele susto! Muitas vezes, estão sendo fatídicos, mas são tão ingênuos ao falar as abobrinhas-fatais, que nem ao menos nos atentamos para o fato de que eles já nos curaram minutos antes. E na verdade, isso pode ser o real motivo de nosso descuido, de uma recaída que irá nos levar a estágios mais graves da doença. Essa tarde estive na médica. Sei lá, não gostei muito não. Tive a sensação de que tinha leito prontinho lá prá mim. E ela dizendo que "Não, imagine". Daí fica difícil de confiar. A médica de hoje falou: olha, temos que trabalhar seu horário de sono, sua colocação no mercado de trabalho, a sua vontade de trocar o tratamento, e patati-patatá.....Mas eu e ela sabíamos que havia tanto mais para se falar, coisas que são inseguranças minhas e dela, considerando quem ela é e quem eu sou. Ela se mantendo de forma indiferente, ignorando as coincidências que unem nossas vidas no presente, neste pequeno planetinha de tão gigantes Bao-Bás. Ela nos fazendo de idiotas, cobrindo o sol com a peneira, uma imaturidade tão sem-nexo. Ora, se há esse desconforto para uma conversa honesta e justa, não há porque manter essa proximidade cordial e falsa entre nós.

Tudo remete um tempo de 7 anos atrás.

O Frank foi um cara gostoso que eu conheci no ônibus. Meu marido tinha pedido um "tempo", e eu não perdi o meu. A gente foi se vendo, isso meu deu força porque minha mãe  estava naquelas "crises de menopausa" e eu não conseguia lidar com seus hábitos e amizades. Logo saí de casa. Frank saía com uma menina do mesmo quarto de pensão que eu. A pensão tinha uma luz vermelha, detalhe. Então deixei de dar bola prá ele, assim que descobri. E mudei de pensão também. Ele continuou trabalhando no mesmo lugar, com o nome de Felipe. Depois dos três dias de escuridão, fui para a casa do meu marido. Três anos depois, consegui uma colocação no mercado de trabalho, na minha área de docência do idioma inglês. Adivinha quem era meu aluno? Um tal de...."Rafael".....o Frank! Ele casou-se cerca de dois anos depois, nos EUA. Voltou para o Brasil com a esposa que é psicóloga, a "Dra". O pior? Bom, senta que essa é dinamite: No primeiro dia de consulta, eu falei sobre onde aprendi meditação. A Dra se inspirou a ir até lá. Então, conheceu um nobre senhor, que estava interessado em mim na época que eu frequentava. Atualmente, ele aplica massagens védicas nela, e ela atende o psicossomático dele. 

Essa é a cena como eu vejo. Mas tenho astigmatismo.

O foco não sou eu, não é ela, nem nenhum dos dois caras. Nem o amigo do meu marido que eu acredito que tem obrigação de me ajudar. O foco é por quanto tempo vou poder manter esse hospital-dia aqui em casa. Eu seria bem-sucedida se tivesse um empreguinho home-office que me assalariasse. Mas a escolinha que me fornecia aulas teve uma crise de problemas pessoais entre os donos e a coordenação, sobrou prá mim! Neste momento estamos todos assim. Mas eu fico pensando muito porque nossos familiares tem medo às vezes de pagar um tratamento, pois muitas vezes a clínica particular se recusa à dar alta, para continuar recebendo. A clínicas públicas, te largam lá e você tem sorte se for encontrado e encaminhado para sua família. A questão é que no SUS acaba sendo pior: abre-se tribunais populares, velhas histórias vem à tona nas mãos destes médicos que foram contratados muitas vezes para reverter um caso psiquiátrico em internação, levando junto um julgamento. No meu caso, odeio as clínicas (principalmente as públicas!), mas julgamentos não são meu temor. No entanto, aparece tanta lama, tanta roupa suja e histórias enroladas, que a fofoca gera uma pressão no paciente, que não consegue relaxar e se concentrar direito.  Eu acho que tratamentos privados são mais sigilosos. Gostaria de ter o direito de investir nisso, acho que vou conseguir! Não suportaria a atual médica rondando, ligando, querendo saber. Tive um doutor que me ouvia muito; ele dizia que eu tenho "cisma". Digamos que....peguei "birra".....desta situação atual. Sei que sempre haverá obstáculos em meu tratamento, porque nenhuma doença é fácil de se tratar, principalmente no Brasil. Mas também sei que quando os obstáculos são através de observações humanizadas, práticas e espiritualizadas, temos mais chances de encontrar uma saída para a dor. Essa dor na qual todos se assemelham, talvez por não aceitarmos o rumo que nossa história tomou diante de nossas próprias escolhas.


Os familiares dos pacientes psiquiátricos deveriam ser mais compreensivos e reparar menos nos nossos tiques, porque nós somos assim mesmo, e tomamos muito remédio. Gostamos cada qual de nossas preferências, como eu, que gosto de escrever, fazer vídeos, me comunicar, etc Eu não sou parecida com você e eu quero aceitação, não internação.


Talvez tudo isso seja uma grande injustiça, talvez eu esteja julgando o juiz. E talvez o juiz esteja dizendo: Ora bolas, todos estão sendo loucos, quem haverá de julgar minha insensatez? Já assim dizia Maquiavel.....


O Príncipe....


                        O Pequeno Príncipe.....


Thaís


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